Fonte. Jean Remy Davée Guimarães. Ciência Hoje On-line - 15/03/2013.
Diabetes, Alzheimer e obesidade estão aumentando
exponencialmente e com correlações perturbadoras entre elas.Já se verificou que há uma forte associação entre diabetes, obesidade,
dieta, demência e Alzheimer. Pessoas que sofrem de diabetes têm
probabilidade 2 a 3 vezes maior de desenvolver Alzheimer do que a média
da população. A conexão obesidade-Alzheimer é menos estudada, mas
sabe-se que a obesidade em idade madura predispõe ao Alzheimer e que uma
vida ativa e dieta saudável reduzem a ocorrência de demência
As evidências nesse sentido
são tantas que muitos especialistas já defendem que o Alzheimer seja
considerado como um Diabetes tipo III, pois vários estudos sugerem que o
Alzheimer seria uma consequência de perturbações na resposta do cérebro à
insulina. Esta, além de regular o metabolismo do açúcar, tem papel bem definido
na química cerebral, modulando a troca de sinais entre neurônios e
atuando no aprendizado e na memória, bem como na manutenção dos vasos
sanguíneos que irrigam o cérebro.
O diabetes tipo I se desenvolve quando a pessoa não produz insulina, que é responsável pela retirada do açúcar do sangue para os órgãos do corpo. Estes pacientes são insulino-dependentes por que necessitam suprir a insulina de forma artificial. Já o diabetes tipo II, a pessoa produz insulina mas o corpo tem uma menor resposta a ela, ou seja, é resistente a insulina. A doença de Alzheimer compromete as funções cerebrais de forma gradativa, iniciando com alterações leves de memória até comprometer as funções motoras e cognitivas dos portadores.
Alimentos calóricos já eram apontados como fator de desenvolvimento de
Alzheimer devido à redução de irrigação sanguínea causada pelo
colesterol (que entope literalmente os vasos sanguíneos) e aumento da pressão sanguínea (que causa lesões nos vasos), mas os estudos mais recentes
sugerem que alimentos com muito açúcar e gordura também podem danificar o
cérebro ao interromper seu suprimento de insulina.
O conhecimento destas relações é uma esperança de melhores tratamentos para os que já
sofrem desses males e de melhores prognósticos para os ilesos até
aqui.
É também um exemplo que gera reflexão sobre o custo/benefício do modo
de vida que adotamos. A tecnologia nos permite viver com mais
conforto e por mais tempo, mas também nos rouba qualidade de vida.
A prevenção destas doenças vão deste o consumo racional de alimentos calóricos, evitando sal, açúcar e gordura em excesso, a realização de exercícios físicos e o controle do estresse. Para aqueles que já apresentam obesidade e diabetes, o tratamento correto é a chave para impedir a instalação de outras complicações.
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