segunda-feira, 5 de abril de 2010

Histórico da Eletroterapia e Eletroacupuntura



5000 a.C. – Os egípcios sabiam da capacidade do bagre do Nilo de emitir correntes elétricas e o tinham como uma divindade. A primeira dinastia egípcia (união dos povos do alto e baixo Egito) surgiu em 3150, e o primeiro rei foi o Imperador Narmer (que significa catfish, ou bagre).

1000 a.C. – Uma história grega conta que Magnes, um pastor, notou que as armações de ferro de suas sandálias eram atraídas por uma pedra negra, este mineral foi chamado de magnesian (atualmente magnetita) (contada por Plínio, O Velho, em Historia Naturalis, ano 77).



600 a.C. – Tales de Mileto verificou que o âmbar (resina vegetal) atraía pequenos elementos quanto esfregados com lã, eles denominaram o material como elektron.

300 a.C. – Aristóteles verificou que o peixe elétrico produz entorpecimento nas mãos (torpor = torpedo)

42 a.C. – Primeiro estudo escrito foi realizado por Scribonius Largus, médico do exército do imperador romano Claudius, escreveu tratados de farmacologia e testou a aplicação de peixe elétrico na cabeça para dor de cabeça e para artrite gotosa: “As dores de cabeça, inclusive as crônicas e insuportáveis, são tratadas com a aplicação do peixe elétrico vivo sobre o local da dor, com a chegada da dormência, o peixe deve ser removido”.



1551 – Girolano Cardano, físico italiano, definiu que a atração exercida pela magnetita era diferente do âmbar. Chamou esta atração de Força Elétrica.

1600 – No final do século 16, William Gilbert, físico e médico de Elizabeth I, rainha da Inglaterra, criou as primeiras máquinas de indução eletrostática, protótipos dos aparelhos utilizados nos trezentos anos seguintes, lançando as bases para a produção e controle da eletricidade artificial, substituindo a do peixe elétrico. O principal trabalho de Gilbert foi De Magnete, Magneticisque Corporibus, et de Magno Magnete Tellure (Sobre os ímãs, os corpos magnéticos e o grande imã terrestre) publicado em 1600. Das experiências que realizou, ele conclui que a Terra era magnética e esse era o motivo pelo qual as bússolas apontam para o norte (anteriormente, era se dito que isto se devia a "estrela polar" ou as grandes ilhas magnéticas no pólo norte que atraiam a bússola). Em seu livro, ele também estudou eletricidade estática usando âmbar.

1672 – O primeiro gerador eletrostático foi construído por Otto von Guericke, físico alemão.



1757 – Benjamin Franklin utilizou um equipamento elétrico para tartar ombro congelado e paralisia após acidente vascular encefálico, com alguns resultados em curto prazo.

1764 – Gennai Hiraga, farmacologista do Japão, relatou o uso da eletroestimulação com acupuntura por meio de magnetizadores estáticos.

1791 – Luigi Galvani, filósofo e médico anatomista italiano, descobriu que a descarga elétrica em músculos de rãs causavam a contração muscular e, assim, iniciou o entendimento das propriedades bioelétricas dos músculos. Pela utilização de uma corrente contínua para os efeitos de contração, esta foi denominada Corrente Galvânica.

1816 – Louis Berlioz, médico francês, aplicou correntes contínuas em agulhas de acupuntura para tratar dor.



1825 - Chevalier Sarlandiere, outro médico francês, tratou gota e reumatismo com eletroestimulação em agulhas, cunhou o termo eletroacupuntura e publicou um livro sobre o assunto. As agulhas eram conectadas a jarros de Leyden, que age como um capacitor. Ele é reconhecido como introdutor da eletroacupuntura na Europa. Ele reportou sucesso ao tratar disfunções reumáticas e respiratórias.

1833 – Guillaume Duchenne, neurologista francês, iniciou os estudos com eletroterapia que logo foi adotado pelos hospitais da França.
1864 – Através das equações de Maxwell pôde-se quantificar e unificar os fenômenos elétricos e magnéticos, e foi descoberto que eles eram dois aspectos de uma interação mais fundamental.



1887 – Heinrich Hertz observou que quando a luz incide numa placa de metal, ocasiona saída de elétrons da placa. O fenômeno foi conhecido inicialmente por "efeito Hertz". Tal observação associou a luz como resultante de uma onda eletromagnética.

1905 – Einstein explicou o efeito fotoelétrico pela teorização que a luz era transmitida em pacotes, denominados de "quanta", atualmente denominamos fótons. A teoria previa que absorção de radiação eletromagnética por átomos aumentariam o nível energético dos elétrons, e ao diminuir este nível o elétron emitiria um fóton.

1953 – Reinhold Voll, médico alemão, desenvolve os primeiros equipamentos de eletrotroterapia que utilizavam a corrente comercial, realizou os primeiros estudos sobre a resistência elétrica dos pontos de acupuntura e desenvolveu os primeiros detectores de pontos.

Dias atuais – Aplicação da energia elétrica no cotidiano. Em relação à acupuntura, observa-se a introdução dos métodos científicos na avaliação dos resultados terapêuticos e explicação dos efeitos fisiológicos.

Como citar textos desta página:
MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em: http://ofisioterapeuta.blogspot.com/. Acesso em: DD mmm AAAA.